Na tarde de ontem (21), a CDL Itajubá promoveu mais uma edição da tradicional Reunião de Almoço de Negócios, desta vez com a presença da diretoria do Hospital de Clínicas de Itajubá (HCI), no restaurante Cana Limão. O encontro reuniu empresários, representantes institucionais e lideranças locais em um momento de escuta, apresentação e mobilização em torno de um dos principais pilares da infraestrutura regional: a saúde. 2f3y4b
A diretoria do HCI, liderada pelo diretor-geral Dr. Seleno Glauber de Jesus Silva, apresentou os avanços, desafios e projetos estratégicos da instituição, que é referência em alta complexidade para mais de 15 municípios da microrregião do Alto Sapucaí, atendendo diretamente cerca de 220 mil habitantes. Participaram também o presidente da mantenedora, Dr. Carlos Magno, e os diretores Wesley Ribeiro (Financeiro), Leandro Lima (istrativo), Tiago Magalhães (Jurídico) e a assessora Maria Goretti Ferreira, destacada pelo importante papel de articulação institucional.
Durante a apresentação, a diretoria revelou que o HCI conta com cerca de 1.400 colaboradores, incluindo celetistas e prestadores de serviço. A instituição realiza procedimentos de alta complexidade únicos no sul de Minas, como transplantes de coração, fígado, rim e córnea, além de atendimentos em oncologia, cirurgia cardiovascular, obesidade mórbida, AVC, queimados e saúde da mulher — incluindo uma sala Lilás exclusiva para vítimas de violência sexual.
Entre os projetos em andamento estão o credenciamento completo da oncologia junto ao Ministério da Saúde, a construção do Hospital de Olhos com banco de córneas próprio e a acreditação hospitalar nacional por meio da ONA, que visa posicionar o hospital como uma instituição de excelência em gestão e segurança. Também foi destacado o desenvolvimento de um Departamento de Ensino e Pesquisa com foco em inovação e empreendedorismo, em parceria com instituições locais como a Radiotec.
Entretanto, os diretores não deixaram de abordar os desafios enfrentados. A defasagem da tabela do SUS, a baixa remuneração dos convênios, as dificuldades em atrair profissionais qualificados, os altos custos pós-pandemia e o ivo acumulado de cerca de R$ 100 milhões (dívidas com a União e fornecedores) foram colocados com transparência. “Por pouco, o hospital não parou no ano ado”, revelou o diretor-geral.
Ao final, a CDL reforçou seu compromisso com o desenvolvimento da cidade e se colocou à disposição para apoiar o hospital em articulações junto a Brasília e Belo Horizonte. “Quando falamos em saúde, falamos de dignidade, mas também de desenvolvimento. A estrutura do HCI atrai pacientes, famílias e movimenta a economia local. Mais do que um hospital, é uma força estratégica para nossa região”, afirmou o presidente da CDL Alexandre Costa Lopes. Ele encerrou com uma reflexão: “Sem Deus, não vencemos desafios como esse. Com fé, trabalho conjunto e transparência, é possível superar qualquer obstáculo”.
Fonte: CDL Itajubá.